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sábado, 19 de outubro de 2013

O que acontece depois da morte?


1 - O que acontece depois da morte?
2 - Há consciência após a morte? O cristão peca ou não peca?
3 - Onde estão e o que estão fazendo os mortos em Cristo?
4 - O que significa a frase "a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo"?
5 - O que é o Hades, o Tártaro e o Inferno? São nomes de um mesmo lugar? [VÍDEO]

*Resolvi postar uma série de Estudos Bíblicos de um pastor que tenho grande estima: Ciro Sanches Zibordi. Temas como a Morte e o Inferno. Espero que sejam úteis para vocês!



O que acontece depois da morte?

Em Hebreus 9.27 está escrito que aos seres humanos está ordenado morrerem uma vez. Depois disso, vem o juízo. Mas isso não quer dizer que, imediatamente após a morte, as pessoas são levadas a um julgamento. O que acontece entre a morte e o Juízo Final?
Embora a vida após a morte ainda seja um mistério para nós, a Bíblia fornece-nos detalhes importantes a respeito do estado intermediário. Todas as pessoas, ao morrerem — salvas ou perdidas —, ficam sob o controle de Deus (Ec 12.7; Mt 10.28; Lc 23.46). Os salvos em Cristo são levados ao Paraíso, no Céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8; 1 Pe 3.22). E os ímpios vão para o Hades (hb. sheol), que não é a sepultura, e sim um lugar de tormentos (Sl 139.8; Pv 15.24; Lc 16.23).
Nos tempos do Antigo Testamento, Paraíso e Hades ficavam na mesma região. Eram separados por um abismo separador intransponível (Lc 16.19-31). Ao morrer, o Senhor Jesus desceu em espírito a essa região e transportou de lá os salvos para o terceiro Céu (cf. Mt 16.18, Lc 23.43, Ef 4.8,9; 2 Co 12.1-4). Quanto aos ímpios, permanecem no Hades (uma espécie de ante-sala do Inferno), o qual não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos para a alma (Lc 16.23).
Conquanto, em algumas passagens da Bíblia, o vocábulo grego hades tenha sido traduzido para “inferno”, o Hades e o Inferno final não são o mesmo lugar. O Inferno final é chamado de Lago de Fogo (Ap 20.14,15 [gr. limnem ton puros]); de “fogo eterno” (Mt 25.41 [gr. pur to aiõnion]); de “tormento eterno” (Mt 25.46 [gr. kolasin aiõnion]); e de Geena (Mt 5.22; 10.28; Lc12.5).
Diferentemente do Hades, o Inferno final está vazio. O seu povoamento começará quando Cristo voltar em poder e grande glória e lançar o Anticristo e o Falso Profeta no Inferno (Zc 14.4; Ap 19.20). Em seguida, os condenados do Julgamento das Nações irão para “o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, “o tormento eterno” (Mt 25.41,46). Mais tarde, será a vez do Diabo e seus anjos conhecerem o lugar para eles preparado (Ap 20.10). E, finalmente, após o Juízo Final, todos os ímpios estarão reunidos no Inferno final (Ap 20.15; 21.8).
Em Apocalipse 20.13 está escrito que o mar dará os mortos que nele há. E Jesus também afirmou que “vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (Jo 5.28). Onde quer que estiverem, os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do Trono Branco. Segundo a Palavra de Deus, a morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades) darão os seus mortos, os quais, após o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo.
O vocábulo “morte”, em Apocalipse 20.13,14, tem sentido figurado. Trata-se de uma metonímia (figura de linguagem expressa pelo emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade), numa alusão a todos os corpos de ímpios, oriundos de todas as partes da Terra, seja qual for a condição deles. Há pessoas cujos corpos são cremados; outras morrem em decorrência de grandes explosões, etc. Todas terão os seus corpos reconstituídos para que, em seu estado tríplice (pleno), espírito + alma + corpo (cf. 1 Ts 5.23), compareçam perante o Juiz.
Entretanto, para que os ímpios compareçam ao Juízo Final em seu estado pleno, acontecerá a reunião de espírito, alma e corpo, os quais se separam na morte. Daí a menção de que “a morte” e também “o inferno” darão os seus mortos (Ap 20.13). Aqui, “inferno” é hades, também empregado de forma metonímica. A “morte” dará o corpo. E o “Hades”, a parte que não está neste mundo físico, isto é, a alma (na verdade, alma + espírito).
Com base no que foi dito acima, podemos entender melhor a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.14). Isso denota que os corpos e as almas dos perdidos — que saíram do lugar onde estavam e foram reunidos na “segunda ressurreição”, a da condenação (Jo 5.29b) —, depois de ouvirem a sentença do Justo Juiz, serão lançados no Inferno propriamente dito, o Lago de Fogo.
Segue-se que a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” tem uma correlação com o que Jesus disse em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno [geena] tanto a alma como o corpo” (ARA). Ou seja, as almas (“o Hades”) e os corpos (“a morte”) serão lançados no Geena.
E quanto aos que têm morrido salvos, em Cristo? Graças a Deus, nenhuma condenação há para eles (Rm 8.1). Serão julgados também, é evidente, logo após o Arrebatamento da Igreja, mas apenas para efeito de galardão (Rm 14.10; Ap 22.12). Depois da ressurreição dos que morreram em Cristo, nunca mais haverá morte, o último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).
Apesar de já se encontrarem na presença de Deus, os salvos mortos em Cristo ainda não estão desfrutando do gozo pleno preparado para eles. Isso só acontecerá depois da ressurreição (1 Co 15.51). Seu estado agora é similar ao daqueles mártires que morrerão na Grande Tribulação (Ap 6.9-11). Esta passagem e a de Lucas 16.25 indicam que, no Paraíso, os salvos são consolados, repousam, estão conscientes e se lembram do que aconteceu na Terra (Ap 14.13). Contudo, após o Arrebatamento, estarão — no sentido pleno — “sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Em 1 Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Isso significa que os santos, de todas as épocas, que estão com o Senhor, no Paraíso, virão com Ele, no Arrebatamento da Igreja. Como assim? O espírito e a alma (ou espírito + alma) deles se juntarão aos seus corpos, na Terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.50-52).
Consolemo-nos com essas palavras (1 Ts 4.18). Aleluia! “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
Ciro Sanches Zibordi
Postado Originalmente em:


Há consciência após a morte? O cristão peca ou não peca?

O livro de Eclesiastes se propõe a abordar a vida humana na terra do ponto de vista natural. Daí o autor usar sempre as expressões “debaixo do sol” e “debaixo do céu” (1.3; 3.1; 9.6, etc.). No capítulo 9, ele se refere exclusivamente à vida na terra. E, como se ressalta nos versículos 5 e 6, quando o ser humano morre, todos os sentimentos atrelados a essa vida desaparecem. Mas isso não quer dizer que a parte espiritual (o “homem interior” [2 Co 4.16]) seja aniquilada.
No próprio livro de Eclesiastes se distingue a vida humana da vida eterna, enfatizando-se que a morte é a separação entre a parte material (corpo) e a parte espiritual (formada por alma e espírito), como lemos em 12.7: “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Isso significa que o corpo fica na terra, e a parte espiritual fica sob o controle de Deus (Mt 10.28).
Em Lucas 16.19-31 e em outras passagens vemos que a alma da pessoa, depois de sua morte, não morre nem dorme, como dizem os defensores da falaciosa doutrina do sono da alma. O texto de Eclesiastes 9.5 faz menção, nesse caso, das coisas desta vida. Mas, em sentido amplo, após a morte, não se perde a consciência, como se depreende também da leitura de Apocalipse 6.9,10.
Quanto à sua dúvida relacionada com 1 João 3.9, a ideia contida no texto original, a qual é respaldada pelos contextos imediato e remoto, é de que a pessoa renascida, que experimentou o novo nascimento (Jo 3.3), não vive na prática do pecado (Rm 8.1-9). Ou seja, ela não se inclina, como antes, às coisas da carne, pois é nova criatura (2 Co 5.17).
O pecador que não conhece a Cristo peca naturalmente. Mas o salvo resiste ao pecado (Hb 12.4). Ele é capacitado pelo Espírito a vencer as obras da carne (Gl 5.16-22). Mas isso não quer dizer que, depois de renascido, não tenha mais o pecado original, herdado de Adão (Rm 5.12), nem que esteja livre de cometer pecados.
Em resumo, temos pecado (o original), como está escrito em 1 João 1.8, podemos praticar pecados (se não vigiarmos), mas não é comum um servo de Deus viver na prática do pecado. Por isso, está escrito que ele não peca, isto é, não vive pecando. Se pecarmos, devemos confessar os nossos pecados a Deus (1 Jo 1.9,10), pois temos um Advogado, Jesus Cristo, o Justo (2.1,2).
Ciro Sanches Zibordi

Postado Originalmente em:




Onde estão e o que estão fazendo os mortos em Cristo?

Onde estão os que morreram em Cristo Jesus? Considerando que, de acordo com Eclesiastes 12.7, “... o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”, todas as pessoas, sem distinção, salvas ou perdidas, ficam sob o controle de Deus (Mt 10.28). Contudo, no caso dos salvos, não ficam apenas sob o controle divino; quedam-se aos cuidados do Todo-Poderoso e são levados ao Paraíso, no Céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8; 1 Pe 3.22). Quanto aos ímpios, vão para o Hades (gr. hades e hb. sheol), um lugar de tormentos (Ef 4.8-10; Sl 139.8; Pv 15.24).
Os salvos em Cristo, portanto, estão no Paraíso, no Terceiro Céu, uma ante-sala do lugar de gozo pleno (Lc 23.43; 2 Co 12.1-4). Trata-se de um lugar onde os salvos se encontram na condição espírito+alma, isto é, o “homem interior” (2 Co 4.16). No caso desses mortos em Cristo, o seu “homem interior” encontra-se em um estado intermediário, aguardando o Arrebatamento da Igreja. Naquele grande Dia, os salvos, que aguardam no Paraíso, se unirão aos seus corpos, na terra (1 Ts 4.16,17). E, na condição espírito+alma+corpo, ingressarão no Céu final, definitivo.
Em 1 Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Essa passagem mostra que os santos de todas as épocas virão com Cristo, no Arrebatamento. Em outras palavras, o “homem interior” (espírito+alma) deles se juntará aos seus corpos, na terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.50-52).
Apesar de os mortos em Cristo se encontrarem na presença de Deus, ainda não foram transformados. Isso só acontecerá na ressurreição (1 Co 15.51). Seu estado é similar ao daqueles mártires que morrerão na Grande Tribulação, mencionados em Apocalipse 6.9-11. Esta passagem e a de Lucas 16.25 indicam que, no Paraíso, os salvos são consolados, repousam, estão conscientes e se lembram do que aconteceu na terra (cf. Ap 14.13). Contudo, após o Arrebatamento, estarão — no sentido pleno — “sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
Nos tempos do Antigo Testamento, Paraíso e Hades ficavam na mesma região; eram separados por um abismo intransponível (Lc 16.19-31). Quando Jesus morreu, desceu em espírito a essa região e transportou de lá os salvos para o Terceiro Céu — para entender essa transição claramente, faz-se necessário estudar Mateus 16.18, Lucas 23.43, Efésios 4.8,9 e 2 Coríntios 12.1-4, nessa ordem. Quanto aos ímpios, permanecem numa espécie de ante-sala do Inferno final, o Hades, que não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos (Lc 16.23).
Quanto aos testemunhos de pessoas que pensam ter ido ao Céu e ao Inferno, é preciso ter cuidado, pois a Palavra de Deus é clara ao dizer que a glória futura ainda “... há de ser revelada” (Rm 8.18, grifo meu; 1 Pe 5.1; Dt 29.29). E o Senhor não contraria a sua Palavra.
Deus o abençoe.
Ciro Sanches Zibordi
Postado Originalmente em:


O que significa a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo”?

Sabemos que vamos vê-lo face a face (I Cor. 13:12), seremos semelhantes ao Senhor Jesus em sua ressurreição (I Jo. 3:2) e teremos um corpo semelhante ao de Cristo (I Cor. 15:48-49).

Há três lugares distintos que a versão em português da Bíblia chama de “inferno”: o Sheol ou Hades (um lugar intermediário onde os mortos ímpios permanecem na condição alma+espírito); o Tártaro (onde alguns anjos decaídos estão aprisionados); e o Inferno final, definitivo, o Inferno propriamente dito. Estude Lucas 16, Apocalipse 6, Judas e 2 Pedro.

O Inferno final, definitivo, é conhecido como Geena (Mt 10.28, gr.), se bem que, em Mateus 25.41,46, Jesus não empregou o termo geena, e sim duas expressões equivalentes: “fogo eterno” (gr. pur to aiõnion) e “tormento eterno” (gr. kolasin aiõnion). Estes correspondem também ao Lago de Fogo (gr. limnem ton purós), mencionado em Apocalipse 20.15, etc. A Besta (Anticristo) e o Falso Profeta (Segunda Besta) — no fim da Grande Tribulação —, e o Diabo, depois do Milênio, serão lançados no Inferno final, que ainda não foi inaugurado.

Mas a sua pergunta mais difícil é quanto à menção de que a morte e o inferno serão lançados no Inferno, a qual tentarei responder objetivamente. Em Apocalipse 20.13 está escrito que o mar dará os mortos que nele há. E Jesus também afirmou que “vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (Jo 5.28). Onde quer que estiverem, os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do Trono Branco. A morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades) darão os seus mortos, os quais, após o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20.13,14).

O vocábulo “morte”, na passagem em análise, tem sentido figurado; trata-se de uma metonímia (figura de linguagem expressa pelo emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade), numa alusão a todos os corpos de ímpios, oriundos de todas as partes da Terra, seja qual for a condição deles. Há pessoas cujos corpos são cremados; outras morrem em decorrência de grandes explosões, etc. Todas terão os seus corpos reconstituídos para que, em seu estado tríplice (cf. 1 Ts 5.23), compareçam perante o Justo Juiz.

No entanto, para que alguém compareça ao julgamento em seu estado pleno — espírito, alma e corpo —, estes elementos terão de ser reunidos. Daí a ênfase de que “a morte” e também “o inferno” darão os seus mortos. O termo “inferno” em Apocalipse 20.14 é hades, também empregado de forma metonímica. Ou seja, assim como a “morte” dará o corpo, o Hades dará a parte que não está neste mundo físico, isto é, alma+espírito.

Segue-se que a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” denota que os corpos e as almas dos perdidos — os quais sairão do lugar onde estavam para serem reunidos na “segunda ressurreição”, a da condenação (Jo 5.29b) —, depois de ouvirem a sentença do Justo Juiz, serão lançados no Inferno propriamente dito, o Lago de Fogo.

Portanto, a frase, posto que figurada, relaciona-se com o que o Senhor Jesus disse em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno [gr. geena] tanto a alma como o corpo” (ARA). Em outras palavras, depois do Juízo Final, as almas e os corpos dos ímpios, reunidos, serão lançados no Geena, o Inferno final, definitivo.

Para se aprofundar no assunto, leia O Calendário da Profecia, de Antonio Gilberto, Apocalipse, de Stanley Horton, ambos da CPAD, e Teologia Sistemática Pentecostal, a ser lançado pela CPAD. Tive o privilégio de ser o editor-assistente dessa obra e o autor do capítulo sobre escatologia.

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi
Postado Originalmente em:

VÍDEO - Pastor Ciro responde (5):
"O que é o Hades, o Tártaro e o Inferno?
São nomes de um mesmo lugar?"

O que é o Hades? E o Tártaro? O que é o Inferno? Ele já foi inaugurado? O que é o Paraíso? O que é o Geena? É o mesmo que Lago de Fogo? Para onde vão as almas dos salvos e as dos perdidos? Jesus foi pregar no Hades ou no Tártaro, e com que objetivo? Essas e outras perguntas são respondidas neste Pastor Ciro responde.



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